Tecnicamente não, mas ela pode ajudar a causar. Houve um estudo que comprovou que pessoas com ansiedade crônica têm 33% a mais de chance de ter um acidente vascular cerebral.
Como diferenciar um AVC de um ataque de ansiedade?
Pergunte-se:
Parte do rosto da pessoa ficou inclinado ou “caído?”
Se a pessoa deixar os dois braços esticados na lateral, algum deles começa a descer sozinho?
A pessoa está com dificuldades para falar?
Se a resposta for sim para qualquer uma dessas perguntas, ligue para 192 imediatamente, pois provavelmente é um derrame.
Mas quais são as diferenças entre a ansiedade e um acidente cerebral vascular?
Quando uma pessoa está tendo um AVC ela tende a ficar com um lado do corpo paralizado.
Isso pode acontecer tanto com o lado esquerdo quanto o lado esquerdo.
A pessoa que sofre o derrame também perde o equilíbrio e boa parte da coordenação motora, além da visão, que pode ficar borrada ou escurecida.
E qual é a diferença entre esses sintomas para os de ansiedade?
No caso da ansiedade, por mais grave que pareçam os sinais, eles nunca serão tão severos a esse ponto.
Durante um ataque de ansiedade a pessoa pode entrar em estado de pânico, suar, tremer, hiperventilar…
Mas o povo que só está tendo crise nunca vai dizer sim para nenhuma daquelas 3 perguntas.
As diferenças entre os sintomas da ansiedade e do AVC ficam bem claras quando se tem essas informações.
Como descobriram que quem tem ansiedade crônica também tem 33% a mais de chances de desenvolver um AVC?
A descoberta foi feita graças a um estudo da universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos…
Essa pesquisa confirmou a longa suspeita de todos os cientistas e médicos especialistas na área.
Pois ao longo de 22 anos, com mais de 6.000 voluntários entre 25 e 74 de idade, descobriram algumas correlações inegáveis entre os níveis de ansiedade e as chances de derrame.
Na época que o estudo começou, a ansiedade já era associada a problemas no coração…
Mas não havia nenhum estudo conclusivo falando sobre a relação entre ansiedade e acidentes vasculares cerebrais, a única coisa que havia, eram as suposições de quem trabalhava na área.
Como ambas são doenças muito comuns nos Estados Unidos e no mundo, havia uma necessidade enorme em saber exatamente se essas duas coisas estavam ligadas ou não.
Inclusive, foi graças a estudos como esse que a ansiedade começou a ser tratada como coisa séria e a saúde mental das pessoas passou a receber mais atenção, tanto pela comunidade médica quanto pela sociedade no geral.
Por que a ansiedade crônica aumenta os riscos de sofrer um derrame?
É importante destacar que ter ansiedade de vez em quando é normal, agora quando a ansiedade passa a fazer parte do seu dia a dia, aí sim nós temos um problema.
Pois ao longo de anos de vida essa ansiedade se acumula em hormônios de estresse, e eles, ao longo do tempo passam a sobrecarregar o sistema vascular do ansioso…
Isso causa anormalidades tanto na pressão arterial quanto na frequência cardíaca.
Facilitando a ocorrência de um AVC.
Além disso, pessoas ansiosas são propensas a ter hábitos prejudiciais ao corpo, desde fumar até não se exercitar como deveriam.
E é por isso que os ansiosos têm mais chances de sofrer derrames.
Fonte: https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STROKEAHA.113.003741